terça-feira, 28 de junho de 2011

Morte da civilização Inca

De acordo com a tradição, todo Inca deveria casar-se com uma mulher de sangue real nascida em Cuzco. Huayna Capac o fez e desse casamento, sem alegria, nasceu Huáscar (“o odiado”), herdeiro legítimo do trono. No entanto, Huayna estava apaixonado pela princesa de Quito; e desse amor, presenciado com horror pelo Império, nasceu seu querido filho Atahualpa (“filho da fortuna na terra”).
Os filhos cresciam: Huáscar, amado pelo povo e malquerido pelo pai, e Atahualpa, amado pelo pai e alvo de revoltas dos cortesãos de Cuzco. O coração do reino estava divido entre os dois príncipes, que cresceram em constante rivalidade.
Arturo Capdevila, em seu livro intitulado Los Incas, retrata com expressividade a situação do Império:

Tumis ou Faca de Sacrifício com Herói Ñiaymlap
“Sombrio ocaso foi a vida de Huayna Capac. Seus filhos rivais torturavam-lhe a consciência com quem sabe quais duras previsões. Sinais nefastos manchavam o céu pátrio. De espanto em espanto, em misteriosa onda de lenda, corria no entardecer de seu reinado a fama dos espanhóis recém-chegados, homens brancos desembarcados um dia com temível desígnio pelo confim setentrional do país. O céu e a terra assinalavam presságios. Meteoros cárdeos rasgavam o firmamento na noite. Uma auréola de fogo dividida em três círculos rodeava o disco da lua. Os llaycas agouravam o Inca: “o primeiro círculo anuncia guerra; o segundo, a queda do sol; o terceiro, o fim de tua raça”.
Tudo isso se pressentia no reino do Peru. As próprias cerimônias realizadas pela morte de Huayna dão por sua parte um sinal disso. Uma espécie de loucura trágica estava impregnada na alma popular. Ao celebrar as exéquias de Huayna, bem entenderam que se despediam de seu último Inca. Nunca o templo de Tampu, próximo a Cuzco, presenciou mais solene homenagem. Os palácios reais foram clausurados por todo o Império. Fanatismo, fatalidade e loucura indicavam a iminência da queda. Imagina-se com espanto aquela pira de suplício alçada em honra ao Inca morto. Supõe-se que 4 mil vítimas voluntárias, entre concubinas e servos, dançaram e sucumbiram naquela fogueira em que já fumegava o vento vazio, a antiga glória do Peru.”
Antes de morrer, Huayna resolvera quebrar a tradição Inca e repartir o reino entre seus dois filhos: Atahualpa, que seria o monarca do Norte, e Huáscar, que o seria do Sul. Decidira também, em fidelidade à esposa amada, ser enterrado na cidade de Quito, junto às múmias de seus antepassados.
O cisalhamento do reino preparava obscuramente o império para o triunfo dos homens brancos. Em 1531, os exércitos de Atahualpa e Huáscar se confrontaram numa sangrenta batalha fratricida em Ambato e Quipaypán, da qual Atahualpa se saiu vencedor. Mas isso iria durar pouco tempo, como bem o sabiam os amautas e haravecs, povos de ciência e saber ocultos; para eles, Atahualpa não era na verdade um Inca, um legítimo filho do Sol; era um intruso.
Então, em 1532, Pizarro, conquistador espanhol, foi recebido por Atahualpa em Cajamarca, onde, na primeira oportunidade, aprisionou o imperador, iniciando a destruição do império.
Atahualpa foi morto por ordem de Pizarro. O povo já não tinha seu deus – era inconcebível como um deus poderia ter sido destruído tão facilmente por aqueles homens.
Assim foi a queda da tradição religiosa incaica; assim foi a queda do tão poderoso exército; assim foi a queda da capital, Cuzco. Assim foi a morte do Império Inca.
“Mas certo era que a lua havia se mostrado envolta na tríplice sinistra auréola. O invasor já começava a apoderar-se do solo americano e se cumpria, a seu tempo, a palavra profética de Nezahualcoyotl: virão tempos em que serão desfeitos e destroçados os vassalos, e tudo cairá nas trevas do esquecimento…” (CAPDEVILA, Los Incas, p.164).

O Tawantinsuyu ou Império Inca

O nome do Império Inca era Tawantinsuyu. Uma vez que já também já foi mencionada a tradução da palavra, vamos agora desmembrá-la, para explicar a divisão Imperial. Tawantin significa quatro, o número 4, e suyu significa terra, ou terras.Depois que Pachukuti, o nono Inka, iniciou de fato a expansão territorial do Reino de Cuzco, o Tawantinsuyu começou a se formar. Sua divisão é simples. Os Incas consideravam Cuzco, sua capital, como sendo o coração do mundo. Sendo assim, pela cidade passavam duas linhas imaginárias em diagonal: uma que ia de noroeste para sudeste, e outra que ia de nordeste para sudoeste dos seus domínios. Sendo assim, o Império ficava dividido em quatro partes (suyus).O suyu do norte recebia o nome de Chicasuyu; o do sul era chamado Kollasuyu; o do leste, Antisuyu e o do oeste chamava-se Kuntinxuyu. Cada suyu era considerado um Reino independente, sendo governado por um Apu.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Lendas ou Verdades sobre os Incas

A milhões de anos atrás, Viracocha (Criador do Universo), deu vida a seus dois filhos, Mama Oclo (filha da Lua) e Manco Capac (filho do Sol), que foram colocados por ele em suas respectivas ilhas, a da Lua e a do Sol, que ficam situadas no lago Titicaca. Os dois juntos tinham por dever localizar um local para a construção do seu império. Chegando a região do altiplano andino onde hoje se situa a cidade de Cuzco, Manco enterrou seu bastão na terra, a qual abriu uma fenda e o encobriu, e assim ele passou a chamar aquele local de Cuzco (Umbigo do mundo), no qual em anos foi denominada a capital do império Inca, e onde se situavam as fortalezas históricas do império Inca, a cidade de Cuzco foi construída no formato de um Puma na qual sua cabeça situa-se a fortaleza de Sacsahuaman, essa região é recoberta de mistérios, no qual há a existência de um túnel ligando as duas cidades, desde de Cuzco até o Kkoricancha (templo do Sol), qual hoje é a Igreja de Sto. Domingo .

Mas além desse também a uma história que diz que a cabeça de Atahualpa o último imperador Inca foi enterrada na cidade de Cuzco no qual o propósito era de que com o tempo a terra reconstituísse seu corpo, ele retornasse para libertar o império da mão dos que não souberam respeitar a cultura de um povo que se desenvolvia mais rapidamente que os europeus. 

A Pedra de Intihuatana

Uma das mais fascinantes obras da civilização inca começa agora a ser entendida. Trata-se da famosa pedra de Intihuatana, localizada na cidade mística de Machu Picchu, nos Andes peruanos. A rocha, tida por muitos como poderoso centro de energia, é cultuada até hoje, mesmo passado séculos de abandono. Místicos, esotéricos e curiosos de todo o mundo visitam Machu Picchu, e como lembrança ou pequeno souvenir trazem na bagagem dezenas de fotografias deste local sagrado.Para os incas, no entanto, ao contrário do que é dito na maioria dos livros de História, esta pedra não era uma simples pedra, muito menos um relógio solar. Devido ao íntimo contacto com o céu, o povo que um dia ali viveu necessitava, e muito, das observações dos astros, para sua própria sobrevivência. Como eram auto-suficientes em termos de alimentação, necessitavam conhecer a melhor época para o plantio e para a colheita, bem como era necessário também conhecer os pontos cardeais para edificarem suas construções. Noções importantíssimas de Geometria e Trigonometria eram adquiridas pelos incas através de profundos estudos do céu, sua única tela cinematográfica. Por outro lado, por serem politeístas, tinham nos astros seus deuses. Criaram inúmeras constelações, construíram calendários, ergueram monumentos grandiosos, tudo com a constante observação do céu. É sabido hoje que essa civilização possuía uma profunda ligação com o além, no entanto, essa ligação, após sucessivos trabalhos de pesquisa, mostrou-se muito maior e mais complexa do que se imaginava até então.Apenas uma rocha lavrada num único bloco dominando o terraço mais alto de Machu Picchu. Seu tamanho pode às vezes decepcionar, mas suas formas, sua posição, sua energia certamente chama a atenção de todos. Tal pedra parece dominar todo o império. Império esse estendido não só pelo Peru, mas também Bolívia, Chile e partes da Argentina e Equador. Esta é a Intihuatana, palavra quéchua que traduzida a grossos modos, nos dá uma idéia bem clara do que esta pedra representava para aquele povo. Inti provém de Sol, o Sol dos incas, enquanto que huatana descende da palavra huata, que significa amarrar, prender mediante cordas.

Deus Sol (Inti)

Os incas adoravam o deus Sol (Inti) e a ele dedicavam festas, rituais e templos que se espalhavam por todo seu império. Tal adoração era tão forte que não conseguiu ser totalmente apagada pela civilização: até hoje, mais de quinhentos anos após a conquista espanhola, boa parte da população dos Andes trata o Sol pelo nome carinhoso de Taita Inti (papai Sol). O Sol, deus bom e generoso, casado com a Lua (Killa), era considerado pelos incas como o pai da raça. Todos os soberanos incas eram tidos como representantes de Inti na Terra, com exceção de Huyana Capac, tratado como personificação do próprio deus.Os incas respeitavam oráculos e adivinhações. As previsões eram feitas, por exemplo, através das vísceras de lhamas sacrificadas, pelas posições dos corpos celestes, pela passagem de cometas, eclipses e pelas leituras das sombras que o Sol fazia num objeto sagrado chamado de Intihuatana (o lugar onde se amarra o Sol). Trata-se de um relógio solar, através do qual podiam ser determinados os solstícios (maior afastamento do Sol em relação ao equador celeste) e os equinócios (igualdade entre o dia e a noite).Seus descendentes, até hoje, são chamados de "Os Filhos do Sol", e ao contrário do que muita gente pensa, os incas estavam literalmente corretos em afirmar isso. Vejamos o por que: o Sol, e todos os astros constituintes do Sistema Solar foi resultado de um fenômeno conhecido no meio astronômico como supernova. Uma estrela primordial, por questões diversas, explode, e a partir desta explosão começa a haver uma concentração de matéria restante, que após um período de milhões, ou até bilhões de anos, constitui uma nova estrela e conseqüentemente novos planetas. Em outras palavras, tudo o que está na Terra hoje, esteve um dia, dentro de uma estrela, de um SoL.

Mais sobre o Império Inca

O Império Inca foi totalmente construído em função de múltiplas e constantes observações astronômicas. No entanto, mesmo passados séculos de estudos e pesquisas das mais diversas áreas, muitas das construções e costumes ainda permanecem uma incógnita. Talvez o maior mistério é o que se refere à tomada de posições. Os incas construíram uma civilização e um império que mesmo hoje, passados mais de 500 anos da parcial destruição espanhola, ainda continua a fascinar os homens por seus mistérios. Para que todo esse gigantesco império fosse construído, noções de Geografia e Geometria, mesmo naquela época, já eram muito bem conhecidas, prova disso são as construções de cidades famosas, como Machu Picchu, Cuzco, Ollantaytambo e o enigmático platô de Nazca. Também se serviam de conceitos de Geografia astronômica para determinar as melhores épocas para o plantio e para a colheita, já que os mesmos eram auto-suficientes em termos de alimentação. No entanto, o método pelo qual determinavam algumas posições ainda hoje permanece uma incógnita. Logicamente hoje possuímos inúmeros aparelhos e instrumentos para a tomada de posições geográficas, talvez o mais conhecido deles seja a bússola. Através dela podemos identificar, em qualquer parte do globo terrestre os pontos cardeais Norte e Sul, e, conseqüentemente, o Leste e o Oeste. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, tais pontos não nos servem como referência precisa, já que a bússola nos mostra Norte e Sul magnético, e não Geográfico, que na verdade nos interessa mais. Os pontos cardeais magnéticos tem uma profunda ligação com o eixo magnético da Terra, e em função disso, à medida que nos deslocamos na superfície de nosso planeta, tais valores sofrem significativa alteração. Próximo à linha do equador, por exemplo, qualquer corpo físico certamente pesará algumas gramas a menos que um mesmo corpo localizado próximo ao pólo magnético, seja ele Norte ou Sul. Já os pontos cardeais geográficos são aqueles indicados na maioria dos mapas contidos em atlas, e portanto, os mais conhecidos e aceitos. No entanto, para que possamos identificar esses pontos no horizonte de qualquer lugar, que como os próprios nomes indicam, são pontos, é necessário que ou conheçamos a declinação magnética do lugar, que, note-se bem varia de época para época, ou conheçamos os movimentos aparentes do Sol.

domingo, 26 de junho de 2011

OS EDIFICIOS INCAS




Os edifícios incas se caracterizam pela monumentalidade e sobriedade, com blocos tão perfeitamente talhados que dispensavam argamassa. Suas cidades eram verdadeiras fortalezas, construídas com grandes muralhas de pedra. Entre os principais monumentos consta o Templo do Sol, em Cuzco, uma enorme estrutura de pedra que tinha todo o interior resplandecendo de ouro e prata. A construção dos edifícios da cidade de Machu-Picchu foi feita de grandes blocos de granito, alguns dos quais chegando a pesar três toneladas. É um mistério como os incas que não conheciam a roda e não possuíam ferramentas de ferro ou aço, puderam transportar e montar tais blocos. Milhares de quilômetros de estradas ligavam todos os recantos do império a Cuzco, favorecendo sobremaneira a eficiência da administração.

Agricultura Inca

No apogeu de civilização inca, cerca de 1400, a agricultura organizada espalhou-se por todo o império, desde a Colômbia até o Chile, com o cultivo de grãos comestíveis da planície litorânea do pacífico, passando pelos altiplanos andinos e adentrando na planície amazônica oriental.

Calcula-se que os incas cultivavam cerca de setecentas espécies vegetais. A chave do sucesso da agricultura inca era a existência de estradas e trilhas que possibilitavam uma boa distribuição das colheitas numa vasta região.
As principais culturas vegetais eram as batatas (semilha), batatas doce (batatas), milho, pimentas, algodão, tomates, amendoim, mandioca, e um grão conhecido como quinua.
O plantio era feito em terraços e já usavam a adiantada técnica das curvas de nível sendo os primeiros a usar o sistema de irrigação.
Os incas usavam varas afiadas e arados para revolver o solo, e usavam também a lhama para transporte das colheitas, embora tais animais fornecessem também lã para fazer tecidos, mantas e cordas, couro e carne.
Ervas aromáticas e medicinais também eram plantadas e as folhas de coca, eram reservadas para a elite. Toda a produção agrícola era fiscalizada pelos funcionários do império.


sábado, 25 de junho de 2011

Calendário Inca

Não há muita documentação precisa sobre o calendário incaico, já que essa cultura passou por maior destruição por parte dos conquistadores. O conhecimento preciso das constelações levou a impressionantes semelhanças com as figuras usadas pelos criadores do Zodíaco para representá-las, e com os signos zodiacais.

foto

O observatório de Cuzco era o responsável pela base do calendário incaico: possuia oito torres voltadas para o nascente e outras oito apontando para o poente, com alturas desiguais (duas pequenas intercaladas entre duas bastante altas). Sua sombra projetada no terraço ao redor permitia aos observadores imperiais definir a exata situação dos solstícios, enquanto as colunas zodiacais (curiosamente semelhantes ao zodíaco caldeu) permitiam definir os equinócios.


Essa exatidão do ciclo de 260 anos sagrados em relação ao exato movimento do Sol, possuía uma diferença de apenas 0,01136 de dia, ou seja, um pouco mais de um centésimo de dia.
Aprofundando o Conhecimento

Das artes produzidas pelos incas nenhuma, porém, foi tão original quanto a cerâmica. Os diferentes estilos e técnicas nos permitem, hoje, estudar a evolução do império e a sucessão de culturas que acabaram por criar a cultura inca. Em Chavín e Paracas, as cerâmicas eram entalhadas ou pintadas com figuras de felinos. A espessa cerâmica de Tihuanaco era pintada de vermelho ou cor de laranja e, geralmente, apresentava a forma de uma taça sem pé. Uma serpente se enroscava nesta taça e a cabeça do réptil ultrapassava o limite superior da taça. Em Recuay manufaturava-se uma cerâmica quase branca, com decoração entalhada. Nazca desenvolveu uma cerâmica delicada e de finíssima espessura: bastante polida, era enfeitada com frutos e flores. A cerâmica de Nazca é conhecida mundialmente por utilizar, como elemento decorativo, cabeças humanas reduzidas e mumificadas.

Cerámica de los incas, botella
Cerâmica Inca
Ourivesaria

As Ourivesarias, principalmente trabalho em metais , também alcançou alto grau de desenvolvimento. O Museu do Ouro, em Lima, no Peru, guarda objetos de extraordinária beleza. Embora a maior parte das peças tenha sido destruída pelos espanhóis durante a ocupação do território, ainda sobraram mantos sacerdotais bordados a ouro, luvas de ouro (manoplas) também para uso dos sacerdotes, capacetes ornados, copos, taças, pratos, brincos e placas peitorais. O museu também expõe instrumentos cirúrgicos de ouro e um crânio que passou por uma cirurgia para que, uma parte do osso, fosse substituída por uma placa de ouro. No intuito de educar os futuros imperadores, criados em total reclusão, os incas produziram, em ouro, pequenas esculturas que reproduziam atos sexuais. A prata era usada cotidianamente e, dos objetos feitos neste material, restaram poucos exemplares: canecas, jarras, pratos, talheres e enfeites domésticos.


Escultura Inca

Artesanato têxtil


O artesanato têxtil alcançou, entre os incas andinos, um grande apuro técnico. Os tecidos incas destacavam-se pelos estampados variados e de cores vivas. Os incas conheciam a técnica de produção de vários tipos de tecidos graças à facilidade de matéria-prima: cultivo de algodão e as lãs fornecidas pelas lhamas e alpacas. No artesanato têxtil era comum a aplicação de plumas nos mantos e chapéus.


Característica dos Tecidos Incas
História da Arte Inca


Mais de 2 mil anos antes da chegada dos conquistadores espanhóis, os incas já tinham uma cultura rica e própria, diferente das de outros povos pré-colombianos. Com o passar dos séculos, os incas alargaram seus territórios e foram assimilando características de outras culturas: chavins, nascas, huaris, paracas, tiahuanacos, mochicas e chimús. Pouco antes da descoberta da América, os incas dominavam um grande território que abrangia litoral e montanhas e haviam desenvolvido uma arte sofisticada, original e de elaborada técnica.


Arte Inca

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Criações da Civilização Inca

Entre as práticas medicinais dessa civilização, que até hoje intrigam os pesquisadores, está o procedimento cirúrgico conhecido como trepanação, ou incisão no crânio, feito geralmente em adultos.
Apresentava como objetivo primordial, eliminar os maus espíritos e demônios do paciente, mas sem nenhum significado terapêutico prático. A sobrevivência ao procedimento era equivalente à 70%.

Trepanação

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Curiosidades

A sociedade inca era dividida em três grupos, que se organizavam hierarquicamente formando uma pirâmide:

  • Na base ficavam os yanaconas, que eram escravos selecionados para proteger seus senhores
  • Na parte do meio da pirâmide ficavam os nobres que eram membros da família do Inca ou descendentes dos chefes de clãs; e os sacerdotes, denominados de “Grande Inca”, ficavam no topo da pirâmide e realizavam culto ao Sol. Eles eram responsáveis pelos cultos religiosos e pela educação dos jovens.
  • O restante do povo era responsável pela produção dos alimentos através da agricultura.

Organização Econômica e Social

Os antigos chefes locais tornaram-se nobres com o titulo de "Curacas". Eles continuaram a exercer a autoridade sobre as suas tribos, no entanto tiveram que jurar lealdade aos imperadores Incas.


A sociedade era dominada pelo imperador, considerado um Deus por seus suditos. Os seus parentes assumiam as funções de chefes militares e líderes religiosos. Artesãos e camponeses formavam a camada menos favorecida da sociedade .

A maior parte da população vivia em Ayllu, aldeias. A maioria tornou-se agricultores que cultivavam diversos alimentos. Eles plantavam batatas, milho, pimentas, algodão, amendoim, mandioca e quinua.
Arquitetura Inca

  • A arquitetura Inca, apresenta uma caracteristica monolítica e despojada de ornamentos, na qual demonstram tanto uma técnica impecável quanto uma grande frieza expressiva.
  •  O aspecto mais notável dessa arquitetura é a espantosa destreza a que esse povo chegou no trabalho com a pedra. Por isso é possível encontrar três tipos de construção estreitamente relacionados com os gêneros arquitetônicos.
  • As obras civis de menor importância, as casas do povo e os depósitos de alimentos eram construídos com pedras irregulares; as fortalezas e torres, com pedras colossais; e os templos, palácios e edifícios do governo, com paredes de pedras geométricas regulares, polidas e encaixadas uma na outra, sem argamassa.

Vista de Machu Picchu
Quem são esses povos ?
Os Incas foram um dos povos mais civilizados da América.Compunham, principalmente as tribos Quéchuas, Aymará e Yunka. Que formavam, segundo os espanhóis o Império dos Incas, denominação derivada da família reinante pertencente à tribo dos Quéchuas, a principal do império.
Onde habitavam ?
Habitavam a região hoje ocupada pelo Equador, Peru, norte do Chile, Oeste da Bolívia e noroeste da Argentina. Mais de dez milhões de cidadãos haviam se fundido nesta unidade política e cultural que era de elevado nível.
Quais as caracteristicas fisicas dos integrantes do Império ?
Fisicamente os Incas eram de pequena estatura, pele morena, variando do moreno claro ao escuro, cabelos pretos e lisos quase imberbes.
Curiosidades:
Um dos aspectos que mais se salientam na cultura incaica é a solução que deram para o problema das comunicações, que apresentavam sérias dificuldades na região dos Andes. Estabeleceram uma complexa rede de caminhos e um corpo permanente de mensageiros (Tiasques) encarregados de transmitirem as noticias.



Caracteristicas Fisicas dos Povos Incas

sábado, 11 de junho de 2011


Quipu 

 
Quipo era um instrumento utilizado para comunicação, mas também como registro contábil e como registros mnemotécnicos entre os incas. Eram feitos da união de cordões que podem ser coloridos ou não,e poderia ter enfeites, como por exemplo ossos e penas, onde cada nó que se dava em cada cordão significava uma mensagem distinta. Cada cordão poderia ter um ou mais nós, ou nenhum nó, ou um nó na ponta, um nó na base, enfim, tudo era comunicado e transportado rapidamente ao imperador Inca no centro do império, Cuzco.
Os cordões eram feitos de lã de lhama ou alpaca, ou de algodão. A posição do nó, bem como a sua quantidade, indicavam valores numéricos segundo um sistema decimal. As cores do cordão, por sua vez, indicavam o item que estava sendo contado, sendo que para cada atividade (agricultura, exército, engenharia etc.) existia uma simbologia própria de cores.
O transporte dos quipos era realizado por rápidos mensageiros, que corriam por dois quilômetros pelas trilhas incas levando o quipu contendo as informações a serem transmitidas, até o próximo posto de mensageiros, onde aguardava um mensageiro descansado pronto para continuar o transporte do quipu.


Peru




O Peru é um país sul-americano localizado no hemisfério sul ocidental, seu território é banhado pelo oceano Pacífico a oeste, limita-se ainda ao sul com o Chile; a leste, com o Brasil e a Bolívia; e a norte, com o Equador e a Colômbia.

O território do país abrange uma área de 1.285.216 km², onde vivem cerca de 29 milhões de habitantes. O país apresenta ao longo de sua superfície uma grande variedade de paisagens, variando em planícies, na costa do Pacifico; picos elevados, na Cordilheira dos Andes; e a Floresta Amazônica, no leste.
O Peru abriga o lago navegável mais alto do mundo, o Titicaca, com 3.821 metros de altitude.

O país apresenta diferentes características climáticas, próximo ao litoral praticamente não chove, onde se verifica duas estações: uma quente (novembro a março) e uma fria (abril a novembro). Na região da floresta Amazônica há um alto índice de pluviosidade.

A mineração figura como uma das principais atividades econômicas desenvolvidas no país, com destaque para exploração de prata, cobre, zinco e estanho. Na agricultura comercial os principais cultivos são de cana-de-açúcar, algodão, café e trigo. Na agricultura de subsistência os principais produtos são milho e batata. O país se destaca também na atividade pesqueira, é um dos maiores produtores de pescados do mundo.

A população peruana é majoritariamente constituída por ameríndios, respondendo por 45% do total de habitantes. Os mestiços (mistura entre ameríndios e europeus) respondem por 37% da população; descendentes de europeus, 15%; e o restante (3%) são africanos, japoneses e chineses.

Informações gerais
Nome: República do Peru.
Bandeira:  


Brasão:

Gentílico: peruano (a).

Capital: Lima.

Língua oficial:

espanhol e línguas cooficiais como quíchua e aimará.

Governo: República Presidencialista.

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,723 (alto).

Moeda: Nuevo Sol.

Site oficial: www.peru.gob.pe

Localização: oeste da América do Sul.

Religião: Cristianismo (92,5% de católicos e 5,5% protestantes) e outras religiões 2%.

Inti Cusi Huallpa Huáscar

Inti Cusi Huallpa Huáscar

Herdeiro do trono inca nascido provavelmente em Cuzco, que foi derrotado por seu meio-irmão Atahualpa na luta pela hegemonia política da nação inca. Pouco antes de morrer Huayna Cápac, dividiu o estado de Tahuantinsuyo entre os dois filhos (1525), ficando para Huáscar o reino de Cuzco, e para seu meio-irmão, Atahualpa, o de Quito (cerca de um quinto menor).

Reinando em um território bem menor, Atahualpa logo começou a desrespeitar seus limites territoriais até que atacou os exércitos de Cuzco, derrotando e aprisionando seu imperador nas margens do rio Apurímac. Aquele que outrora fora o herdeiro legítimo de todo o império, viu sua família e os membros de sua corte serem dizimados antes de ser levado como prisioneiro até Atahualpa, em Cajamarca.

Depois da derrota para os espanhóis, Atahualpa receou que Francisco Pizarro, chegado ao Peru (1532), devolvesse o poder a seu meio-irmão e ordenou então que fosse executado na prisão, lá mesmo em Cajamarca.

No ritmo do Império Inca

"Os incas tocavam música em tambores e instrumentos de sopro que incluem as  flautas de pan, quena e trombetas feitas de conchas marinhas ou de cerâmica".

Flauta de Pan


 Flauta Pan

Talvez o mais antigo dos instrumentos de sopro, a Flauta de Pan é composta por um número de tubos de cana ou bambu ajustada a partir de tamanhos diferentes que estão unidos e fundidos na parte superior. Na Romênia, eles são chamados de Nai. Na América do Sul eles têm muitos nomes: Antara, Malta, Toyo, Rondador, Puhura hauyra, Zampoña e Siku.


Flauta Quena

Flauta Quena

A quena (também chamada de qina ou kena) é um instrumento musical de sopro, da família das flautas. É feita de bambu, madeira ou até mesmo acrílico e executada através do sopro em uma reentrância em sua extremidade superior. É originária da América Latina e representa um papel central na música do Peru e demais países andinos. Possui 6 furos por onde são obtidas as digitações para as notas. É um instrumento transpositor com afinação na tonalidade sol maior. Embora tenha se originado como um instrumento pentatônico, desenvolveu-se para permitir a execução cromática. ou seja, permite a execução de todas as notas (bemóis e sustenidos). Sua escala estende-se por 3 oitavas.Também existe a versão grave da quena, chamada quenacho. O quenacho é um instrumento transpositor com afinação na tonalidade de ré maior.

  • Sugestão do  Blogueiro

Carlos Carty - Lavrador do Vento
Link:http://www.youtube.com/watch?v=0TvEPSmfo3k

1. Trillas de Peregrinación
2. Pasiones Indomables
3. Sol Invisible
4. Através de las Alturas
5. Misterio Maya
6. Llanuras del Imalaja
7. Arenas del Sahara
8. Hacia los Montes
9. La Siembra
10. Horizonte de Ensueño
11. Mar del Caribe
12. Viaje Astral

quinta-feira, 9 de junho de 2011

 

Incas: Agricultura e Crenças
O milho
Através de indicações de cronistas, John Murra diz que o milho era considerado “a semente da gruta”, ou seja, de Pacaritampu, de onde havia supostamente saído a linhagem real inca, o que nos traz paralelos com o mito do deus/herói mexicano Quetzalcoatl, em sua saga de haver se tornado uma formiga para resgatar a semente do milho nas entranhas de uma grande montanha para servir de alimento ao ser humano…
Enfim, este grão, principalmente porque era a matéria-prima da bebida sagrada embriagante dos incas, tomava-se verdadeira preocupação de Estado, e a casta religiosa depositava seu esforço e afeto no cultivo da planta: “No interior do Intihusi, o templo do Sol, os sacerdotes cultivavam outra horta que regavam à mão com água trazida nos ombros. Três vezes ao ano plantavam entre as plantas vivas reproduções de ouro, de tamanho natural, com folhas e sabugos”.
Milho
Na região andina, o milho aparece tardiamente e teria muito menor utilidade alimentar do que a batata ou a quinua, que há tempos estavam sendo cultivadas por lá, ainda que cada vez mais aumentasse o apreço daquele cereal como alimento (mesmo que sem a variação culinária que se encontraria na América Central), e também era um recurso amplo no litoral andino, área mais exeqüível para cultivá-lo. Enfim, teria mesmo assim uma importância simbólica e ritual sem par. “De fato, na maior parte da América do Sul serrana o milho foi cultivado sobretudo com fins cerimoniais e para elaborar chicha”, que era a bebida alcoólica dos Andes.
Milho
A Coca
A planta Erythroxylon Coca (Cocaína), já era utilizada pelos Incas, eles mascavam as folhas da planta, por motivos sociais, místicos, medicinais e religiosos. Os índios atribuíam à planta propriedades mágicas e consideravam-na sagrada: acreditavam que com ela, entravam em contacto com deuses e espíritos, que os protegiam. Utilizavam-na em rituais de nascimento, de iniciação e funerário, cerimónias religiosas, como anestésico local e seu chá para curar dores de estômago.
Discute-se se o governo inca não tivesse consumado uma monopolização da produção da coca, e assim só poderia ser usufruída através do sistema de redistribuição do Estado. Assim, Marlene Dobkin de Ríos, em sua análise do uso de drogas no Peru incaico, reproduz a tese do investigador Henrique Gamio, o qual afirmara, na década de 30 do século XX, que o trabalhador camponês não teria acesso à coca, pois as plantações seriam escassas e pertenciam exclusivamente ao inca e seus sacerdotes.
Erythroxylon - Coca
No entanto, a autora assevera que “não está sugerindo que nenhum uso da coca ocorria a nível popular, uma vez ainda que a usurpação pelas autoridades estatais tivesse ocorrido”, mas não se deve confundir “autoridade e poder”, ou seja, os argumentos da elitização do uso da coca “estão baseadas na noção de legitimidade preferivelmente à regra de coação do ‘estado repressor”
Dobkin de Ríos dessa forma se exime um tanto do erro em apostar que haveria um monopólio incaico do uso da coca. O que possivelmente havia era uma política estatal que se espelhava nos antigos sistemas de reciprocidade e redistribuição comuns aos pequenos grupos políticos (e étnicos), dessa forma as plantações trabalhadas pelos mitayos do Estado inca abasteciam a elite de Cuzco.
Como aponta Anthony Henman, a monopolização da coca poderia ser interpretada como um ideal do Estado inca, mas até “poderia ser inclusive tentador remover o ideal de um monopólio da coca de seu contexto inca, já que é um tema bem presente na história peruana”, desde outros “horizontes” anteriores de centralização política, bem como pela estrutura estatal colonial e republicana na tentativa de desestruturar as economias comunitárias ancestrais.

Lenda Inca
Alguns rituais de saudação e respeito à natureza (Mamacocha), sao feitos com as folhas de coca. As pessoas que recebem as três folhas unidas (que representam o conhecimento, o amor e o fazer/agir), devem estender um boné ou um pedaço da roupa e nunca pegá-las com a mão, pois é um sinal de “vagabundagem”. Depois, as folhas em triângulos devem ser erguidas ao sol, beijadas (elemento ar) e atiradas ao Lago Titicaca, com pedidos. As folhas que sobraram, devem ser jogadas no lago no decorrer da travessia.
Ao Deus Inti(Sol), divindade suprema, foi consagrado o arbusto da coca, e suas folhas são oferecidas nos rituais e cerimônias.
Em todas as consagrações aos deuses incas, as pessoas levavam em suas bocas as folhas de coca. Eles queimavam folhas para predizer o futuro, jogavam no chão para evocar Viracocha. Os sacerdotes as mascavam para abrir portas do mundo profundo. Introduziam folhas de coca na boca dos mortos, para preservá-los de perigos espirituais, assim como nas sepulturas. As folhas de coca também eram usadas nos ritos de passagem dos filhos do rei.
Coca
No Perú havia um Templo da Coca, onde consagrava-se La Cocamama, a entidade espiritual das folhas de Coca.
Quando Pizarro invadiu o Perú, ele mandou queimar o templo da Cocamama, e as plantações, pois observou que isso iria destronar a moral do povo.
Dizem que no momento em que as folhas iam sendo destruídas, os sacerdotes incas, fizeram a seguinte maldição:
– Assim como os brancos estão destruindo as folhas de coca, um dia as folhas de coca irão destruir os homens brancos !

sábado, 4 de junho de 2011

Os olhos do Império Inca
  


As fortalezas incas
Os edifícios incas se caracterizam pela monumentalidade e sobriedade. Suas cidades eram verdadeiras fortalezas, construídas com grandes muralhas de pedra. Os incas eram mestres em cortar e unir grandes blocos de pedra; a cidade-fortaleza de Machu Picchu é o exemplo mais espetacular dessa arte. Machu- Picchu foi descoberta em 1911, no topo de uma montanha de 2.400 m de altura, numa região inacessível da cordilheira dos Andes. Outras construções incas importantes ficam em Cuzco e Pisac. Cuzco, a capital do Império, tem uma rígida planificação urbana em forma quadriculada.



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Formas de vida
A organização social inca era muito hierarquizada. No topo estava o Inca (filho do Sol), que era o imperador; depois a alta aristocracia, à qual pertenciam os sacerdotes, burocratas e os curacas (cobradores de impostos, chefes locais, juízes e comandantes militares); camadas médias, artesãos e demais militares; e finalmente camponeses e escravos. Os camponeses eram recrutados para lutar no exército, realizar as tarefas da colheita ou trabalhar na construção das cidades, segundo a vontade do Inca. A família patriarcal era a base da sociedade, mas até os casamentos dependiam da autoridade máxima. O sistema penal era rígido e o sistema político extremamente despótico.