O Império Inca foi totalmente construído em função de múltiplas e constantes observações astronômicas. No entanto, mesmo passados séculos de estudos e pesquisas das mais diversas áreas, muitas das construções e costumes ainda permanecem uma incógnita. Talvez o maior mistério é o que se refere à tomada de posições. Os incas construíram uma civilização e um império que mesmo hoje, passados mais de 500 anos da parcial destruição espanhola, ainda continua a fascinar os homens por seus mistérios. Para que todo esse gigantesco império fosse construído, noções de Geografia e Geometria, mesmo naquela época, já eram muito bem conhecidas, prova disso são as construções de cidades famosas, como Machu Picchu, Cuzco, Ollantaytambo e o enigmático platô de Nazca. Também se serviam de conceitos de Geografia astronômica para determinar as melhores épocas para o plantio e para a colheita, já que os mesmos eram auto-suficientes em termos de alimentação. No entanto, o método pelo qual determinavam algumas posições ainda hoje permanece uma incógnita. Logicamente hoje possuímos inúmeros aparelhos e instrumentos para a tomada de posições geográficas, talvez o mais conhecido deles seja a bússola. Através dela podemos identificar, em qualquer parte do globo terrestre os pontos cardeais Norte e Sul, e, conseqüentemente, o Leste e o Oeste. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, tais pontos não nos servem como referência precisa, já que a bússola nos mostra Norte e Sul magnético, e não Geográfico, que na verdade nos interessa mais. Os pontos cardeais magnéticos tem uma profunda ligação com o eixo magnético da Terra, e em função disso, à medida que nos deslocamos na superfície de nosso planeta, tais valores sofrem significativa alteração. Próximo à linha do equador, por exemplo, qualquer corpo físico certamente pesará algumas gramas a menos que um mesmo corpo localizado próximo ao pólo magnético, seja ele Norte ou Sul. Já os pontos cardeais geográficos são aqueles indicados na maioria dos mapas contidos em atlas, e portanto, os mais conhecidos e aceitos. No entanto, para que possamos identificar esses pontos no horizonte de qualquer lugar, que como os próprios nomes indicam, são pontos, é necessário que ou conheçamos a declinação magnética do lugar, que, note-se bem varia de época para época, ou conheçamos os movimentos aparentes do Sol.
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