Uma das mais fascinantes obras da civilização inca começa agora a ser entendida. Trata-se da famosa pedra de Intihuatana, localizada na cidade mística de Machu Picchu, nos Andes peruanos. A rocha, tida por muitos como poderoso centro de energia, é cultuada até hoje, mesmo passado séculos de abandono. Místicos, esotéricos e curiosos de todo o mundo visitam Machu Picchu, e como lembrança ou pequeno souvenir trazem na bagagem dezenas de fotografias deste local sagrado.Para os incas, no entanto, ao contrário do que é dito na maioria dos livros de História, esta pedra não era uma simples pedra, muito menos um relógio solar. Devido ao íntimo contacto com o céu, o povo que um dia ali viveu necessitava, e muito, das observações dos astros, para sua própria sobrevivência. Como eram auto-suficientes em termos de alimentação, necessitavam conhecer a melhor época para o plantio e para a colheita, bem como era necessário também conhecer os pontos cardeais para edificarem suas construções. Noções importantíssimas de Geometria e Trigonometria eram adquiridas pelos incas através de profundos estudos do céu, sua única tela cinematográfica. Por outro lado, por serem politeístas, tinham nos astros seus deuses. Criaram inúmeras constelações, construíram calendários, ergueram monumentos grandiosos, tudo com a constante observação do céu. É sabido hoje que essa civilização possuía uma profunda ligação com o além, no entanto, essa ligação, após sucessivos trabalhos de pesquisa, mostrou-se muito maior e mais complexa do que se imaginava até então.Apenas uma rocha lavrada num único bloco dominando o terraço mais alto de Machu Picchu. Seu tamanho pode às vezes decepcionar, mas suas formas, sua posição, sua energia certamente chama a atenção de todos. Tal pedra parece dominar todo o império. Império esse estendido não só pelo Peru, mas também Bolívia, Chile e partes da Argentina e Equador. Esta é a Intihuatana, palavra quéchua que traduzida a grossos modos, nos dá uma idéia bem clara do que esta pedra representava para aquele povo. Inti provém de Sol, o Sol dos incas, enquanto que huatana descende da palavra huata, que significa amarrar, prender mediante cordas.
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